Argentinos tentam 'dar banho de água fria' na euforia da torcida

O oceano que separa a América do Sul da África fez bem para manter a seleção argentina concentrada e longe da euforia provocada no país após duas vitórias no início da Copa do Mundo. Enquanto o povo comemora e já fala em mais um título, os jogadores preferem conter a euforia antes da hora.

Antes do Mundial, Diego Maradona e seus comandados eram contestados por uma série de fatores: má campanha nas eliminatórias, pouca experiência do treinador e a diferença entre o Lionel Messi do Barcelona para o da seleção, por exemplo. Agora, a Argentina é considerada pela torcida como o melhor time da Copa, com vitórias de 1 a 0 sobre Nigéria e 4 a 1 na Coreia do Sul.

- Conhecemos como são os argentinos, não têm equilíbrio. Vão de um humor ao outro muito rápido. Temos que dar um banho de água fria nisso tudo. Estamos bem, felizes, mas só ganhamos dois jogos. Não classificamos ainda e não podemos nos distrair pelo que dizem lá fora – afirmou o volante.

O zagueiro Samuel concorda com o capitão. Para o jogador do Inter de Milão, foi até melhor não ter conseguido duas goleadas nas partidas disputadas até agora na África do Sul.

- Isso geraria uma euforia que agente não gosta. Temos que ir trabalhando e confiando. A euforia tem que ser mais para frente – disse.

Único volante responsável pela marcação no meio-campo de um time altamente ofensivo – com Messi, Tevez, Di María e Higuaín -, Mascherano também não se preocupa em ficar admirando os companheiros de ataque. Ele só se preocupa em cortar a bola lá atrás.