PFC, campeão da segunda divisão, mas está fora da elite
O fato causa confusão na cabeça do torcedor (divisões disputadas em anos diferentes), mas a dose será repetida este ano. “Muito complicado este campeonato. Quando começou a primeira fase, tomei até um susto. Pensei que o Remo já ia jogar”, afirma o torcedor azulino Rafael Soares, de 21 anos. Isto acarreta vários problemas para os clubes que participam destes “projetos”, rumo à elite do Parazão. O campeão da Segundinha, o Parauapebas, é um exemplo.A diretoria, juntamente com a prefeitura local e parceiros, investiram no elenco e comissão técnica, trazendo jogadores de renome e o treinador Samuel Cândido. “O único Estado do Brasil em que o campeão e o vice da segunda divisão não sobem é aqui. Esta situação é muito injusta. Infelizmente, muitos atletas irão ficar desempregados”, afirmou Samuel, que teve melhor sorte e vai para o Itabaiana (SE).
O diretor técnico da FPF, Paulo Romano, reconhece os problemas, mas afirma que, no final, quem decide são os clubes. “Nós, da FPF, só aceitamos as recomendações feitas por eles. Olha o Campeonato Inglês, disputado em anos diferentes”, diz o diretor, ignorando o fato de a Europa ter um calendário diferente e de que não há times eliminados precocemente. Sobre os jogadores desempregados, Romano não concorda. “Tem mercado pra eles, sim”. Consideradas as peladas, o diretor da FPF tem razão.
Na verdede o diretor da FPF Paulo Romano não quer admitir que o campeonato Parense é irregular e maltrata muito os clubes e torcedores, a exemplo que citou o técnico Samuel Cândido, que só no Pará as coisas são diferentes do resto do mundo.
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