Descendentes
de italianos, desde pequeno mostrou uma personalidade forte tanto dentro quanto
fora de campo. Cresceu no ambiente do futebol, pois seu pai, Benjamim Scolari,
era zagueiro do Aimoré, equipe de São Leopoldo (RS). Foi no clube que iniciou
jogando como zagueiro nas equipes juvenis.
Foi em
1971 para o Caxias, onde passou a maior parte de sua carreira como jogador.
Saiu do time apenas em 79 quando foi para o Juventude. Jogou ainda no Novo
Hamburgo e encerrou a carreira no CSA de Alagoas em 1981.
Ficou
famoso pelo seu estilo duro e sem firulas e por exercer forte liderança dentro
de campo sobre seus companheiros. Tal jeito o colocou como treinador da equipe
alagoana assim que tirou as chuteiras. Foi campeão estadual com o CSA em 82 e
no ano seguinte voltou para o sul do País.
Dirigiu o
Juventude e o Brasil de Pelotas antes de ir em busca dos dólares do mundo
árabe. Ficou duas temporadas no Al-Shaab e retornou para seu estado natal onde
ficou até 1987 treinando Pelotas, Juventude e Grêmio, onde conquistou o título
gaúcho de 87.
Nos anos
seguintes foi convidado novamente para treinar equipes no exterior, chegando a
dirigir a seleção do Kuwait em 90. Se sagrou campeão da Copa do Golfo antes de
voltar ao Brasil e treinar o Criciúma. No clube catarinense fez história com o
título mais importante da agremiação, a Copa do Brasil de 1991. Com a
conquista, passou a ter uma projeção nacional maior.
Novamente
foi seduzido pelos dólares do exterior. Voltou para o Kuwait e teve uma curta
passagem pela Arábia Saudita antes de retornar para seu clube de coração, o
Grêmio. Foi no tricolor gaúcho que sua ascensão ao posto de um dos melhores
treinadores do Brasil começou.
Formou
uma base vitoriosa com jogadores como Danrlei, Jardel, Arce, Paulo Nunes e
Adílson. Ganhou a Copa do Brasil em 1994, a Taça Libertadores da América em 95
e o Campeonato brasileiro de 96. Sua maior derrota foi no Mundial de Clubes em
95, quando enfrentou o Ajax da Holanda, na época base para a seleção nacional.
Conseguiu manter o 0x0 no placar mesmo com um jogador a menos (o zagueiro
Rivarola foi expulso aos 11 do segundo tempo) tendo perdido o jogo nos
pênaltis.
Com o
sucesso foi convidado para comandar o Júbilo Iwata, clube japonês em que jogava
o tetracampeão Dunga. Passou apenas cinco meses no país antes de aceitar outro
convite milionário. Voltou para o Brasil para treinar o Palmeiras e receber os
dólares da multinacional Parmalat, que na época geria o futebol do alviverde.
Chegou em
um clube que tinha dinheiro para contrações acima dos padrões nacionais. Teve
um primeiro ano onde os resultados não surgiram sendo apenas vice-campeão
brasileiro (perdeu a final para o Vasco). No ano seguinte, fez questão de
reforçar o time com nomes de confiança como Paulo Nunes e Arce.
Começava
o período que o transformaria em ídolo no Parque Antártica. Ganhou a Copa do
Brasil e a Copa Mercosul (as duas em cima do Cruzeiro de Belo Horizonte) em 98.
No ano seguinte comandou o time campeão da Libertadores da América, após vencer
grandes potências como Vasco, Corinthians e River Plate (a final foi contra o
Deportivo Cali). Perdeu a final do Mundial no Japão para o Manchester United.
Saiu do
Palmeiras em 2000 e foi para o Cruzeiro. Ficou pouco tempo no clube porque
recebera um convite para assumir a seleção brasileira que derrapava nas
eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. Não só levou o País para o torneio
como fez uma campanha perfeita: sete vitórias em sete jogos, vencendo a
Alemanha na final.
No ano
seguinte aceitou a proposta para dirigir a seleção de Portugal. Comandou o time
até 2008, conquistado um vice-campeonato da Eurocopa e um 4º lugar na Copa de
2006, melhor colocação do país desde 1966.
Foi para
a Inglaterra onde treinou o Chelsea. Acabou ficando pouco tempo devido a uma
série de problemas somados a dificuldade da língua em um clube com dezenas de
estrangeiros. Foi para o Bunyodkor do Usbequistão, clube que dirigiu até 2010
quando aceitou voltar para o Palmeiras. No time paulista, conquistou a Copa do
Brasil em 2012. Mas problemas de relacionamento com o elenco e a péssima
campanha do time no Campeonato Brasileiro fizeram com que fosse dispensado do
time. Voltou à seleção brasileira após a demissão de Mano Menezes.
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