Hoje (2), é dia de comemoração pelos lados do estádio da Curuzu. Primeiro, pela vitória de virada por 2 a 1 diante do Independente Tucuruí na noite de quarta-feira (1°), pelo Campeonato Paraense 2012. Segundo, porque o clube comemora 98 anos de fundação. Já é quase um século de momentos de vitórias e derrotas de uma das agremiações mais tradicionais do futebol brasileiro.
Para comemorar a data, a diretoria do Paysandu realizou uma missa em ação de graças na “Toca do Lobo”, na Curuzu, onde o clube realiza as suas concentrações para os jogos do Parazão. Ao final, um coquetel foi servido para os presentes. O elenco bicolor não estava presente, pois só tinha saída prevista de Tucuruí às 7h30 da manhã de hoje.
“Se o Flamengo é um estado d’alma, o Paysandu é a própria alma paraense”, já disse Armando Nogueira, em homenagem ao clube que conquistava, em 2002, a Copa dos Campeões. Essa foi apenas uma das inúmeras conquistas do Papão da Curuzu, do Papa Título do Norte, do Lobo da Curuzu... Ao longo desses anos, já são 44 campeonatos paraenses, duas Séries B (1991 e 2001) e uma Copa Norte (2002), além de uma histórica participação da Libertadores, em 2003.
O Paysandu surgiu do pensamento de 42 desportistas paraenses que eram contra uma decisão da então Liga Paraense de Foot-Ball, uma espécie de Federação Paraense de Futebol (FPF) da época. Ali já nascia uma rivalidade entre o Papão e o Clube do Remo, já que esse grupo de amigos eram contra o resultado de uma partida entre Leão e o Guarany, que acabou dando aos azulinos (que ainda se chamava Grupo do Remo) o título do Estadual.
A data em que os desportistas se reuniram? Há exatos 98 atrás – 2 de fevereiro de 1914. No começo, o Paysandu se chamou Paysandu Foot-Ball Club, nome proposto em homenagem ao dia em que o Brasil transpôs o Passo do Paysandu, no Uruguai, na histórica Guerra do Paraguai. Depois de algumas reuniões, surgia o escudo azul celeste, com o pé alado, que vinha a significar a velocidade do clube diante dos seus adversários.
Já o dia 14 de junho de 1914 marcou a estreia do Papão no Campeonato Paraense, justamente contra o Grupo do Remo, aquele que viria a ser o maior rival bicolor. O clássico foi disputado no estádio Leônidas Castro, a Curuzu, que naquele tempo tinha o nome de Firma Ferreira e Comandita. Aquele Re-Pa marcou 2 a 1 para o Remo. Foi somente em 1920 que os bicolores conquistaram o seu primeiro Parazão.
Ganhando destaque no futebol do Pará, o Paysandu chegou a um dos seus maiores momentos de glória na goleada lembrada até hoje diante do Leão. Em 22 de julho de 1945, o Papão goleava o rival pelo placar de 7 a 0, o resultado mais elástico até hoje verificado entre as duas maiores equipes do Norte. (Gustavo Pêna, DOL)
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